Finalmente, chegou o primeiro grande dia! É hoje que o meu fofinho embarca para Oxford. Queria ter tomado um café da manhã em alguma padaria gostosa, ter olhado um pouco para ele e conversado mas o que tinha para hoje era passar no cartório para fazer uma procuração e deixá-lo na rodoviária.
Sem noção de como eu achei muito chato ele ter que ir na frente. Não foi o que eu idealizei mas não teve jeito. A passagem dele foi comprada pelo programa e não conseguimos no mesmo voo. Daí ele foi hoje e nós vamos na sexta. Ai, Deus, vou sozinha na sexta com os três! Aff. Faz parte. Se bem que não faz, não! Ah, deixa pra lá... Foca no lado positivo e põe o marido pra resolver milhares de coisas antes da gente chegar!
Conseguir ter essa experiência de ir morar fora foi algo tão suado de conseguir, e mesmo conseguindo, perdemos e depois ralamos de novo e conseguimos de novo, que eu acho que sempre fiquei com um pé atrás, sempre preparada para levar rasteira a qualquer momento. Acho que enfiei na cabeça que só acreditaria que a gente conseguiria de verdade quando eu estivesse com os meus pés lá, em algum outro país. E então, depois de estar sempre tão pronta pra levar rasteira, acabei não me preparando para de fato viver esse dia. O dia de partir! A minha ficha só caiu hoje. Eu estava saindo do cartório para deixar o Bruno na rodoviária quando deu um puta nó na minha garganta, acho que a minha pressão caiu e juro que achei que eu fosse desmaiar. Me deu um nervoso muito louco! As lágrimas começaram a brotar nos meus olhos e toda a lógica dele estar indo na frente foi pelos ares e eu só queria que a gente vivesse isso junto! Deixá-lo ir na frente foi tão difícil! Daí que assim que chegamos à rodoviária eu desandei a chorar sem parar, bem louca mesmo e a porcaria do choro não parava de jeito nenhum. As lágrimas nasciam sozinhas. Ele foi embora, eu chorando. Fui para o carro, chorando. Comecei a dirigir, chorando. Daí não estava conseguindo dirigir direito por causa do choro, encostei. Nisso veio um guarda mandar eu sair pq não podia parar ali. Chegou para mim e falou todo grosso:
- Vamos tirando esse carro daí que aqui não pode!
Então viu meu estado deplorável e continuou:
- Não podia. Pode até a senhora se recompor, tem problema não!
Vergonha me define. Mentira. Gargalhadas me definem. Lelé é meu apelido perfeito. Obrigada, senhor policial!
Deu certo meu amor! Estamos aqui! Uhhuuuuuu!
ResponderExcluirVc é uma fora de série. Te amo muito, muito mesmo! Tô esperando o próximo post onde vc deve contar como foi o tal vôo pra cá. Rsrsrsrs.