domingo, 27 de setembro de 2015

Roupa Suja Se Lava Na Rua!


     Está aí a nossa nova realidade! Novo programão de domingo!!! Lavar a roupa suja na lavanderia comunitária do College!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Todo mundo já fez também

     Aeeeeê! Primeiro mico aqui em Oxford! Fui fritar umas deliciosas fatias de bacon, fez tanta fumaça que disparou o alarme de incêndio! Em menos de um minuto tinha gente batendo na minha porta e todos os vizinhos já tinham abandonado suas casas e se aglomerado no pátio. Eu com a maiooor cara de bunda! Parada aqui é outro nível!
     Fofa foi a minha  vizinha de porta, a mexicana Rosário, me consolando:
- Todo mundo também fez isso quando chegou aqui!
     Agora só uma dúvida: posso comer bacon de novo?!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Verdade ou consequência 2

     Eu sou a favor de enganar as crianças. Aliás, eu adoro fazer isso. Sou a favor de olhar bem no fundo dos seus olhinhos brilhantes e mentir descaradamente. Sou a favor de inventar coisas muito doidas e enfiar na cabeça delas como se isso fosse a coisa mais real do mundo. É isso aí, não nego, sou fã de carteirinha do Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Fada do Dente e seus amigos. Eu sou muito fã dessa magia, dessa inocência, desse sonho que envolve esses personagens! No que diz respeito a mim, nesse assunto eu minto mesmoooo! Aqui em casa eu rebolo, invento e faço o que eu posso para viver essa delícia que é, a cada data mágica, fazer realmente a mágica acontecer. Pena que hoje em dia as crianças sejam tão malandras e isso acabe cada vez mais cedo. Não tem jeito, um dia a casa cai. 
     Já contei aqui como foi quando a minha primogênita descobriu. Foi um tremendo choque para ela. Hoje chegou a vez da minha Jujubinha. Ela do nada (já que não está na época de nenhuma festa) afirmou, super sentida, que o coelho da Páscoa não existe. Juro, fiquei sem chão. Ela falou com uma tristeza e principalmente, com uma certeza, que eu vi que não ia ter jeito a não ser abrir o jogo. Mais triste é saber que quando cai um, caem todos. Daí ela contou de onde veio a pergunta: nas férias, a prima dela, Natalie, mais nova que ela, mostrou-lhe uma foto que eu postei no Instagram, na qual eu estou desenhando as pegadinhas no chão. Caraca, isso tem uns quinze dias pelo menos! Pensa quanto tempo ela ficou refletindo o assunto pra me contar e me perguntar! Tadinha! Ainda pediu para eu não brigar com a Naná! Eu não vou brigar, eu vou torcer o pescoço! Kkk Aff! Sou muito a favor da inocência e muito contra crianças em redes sociais!!!
     Deu tanta pena! O mundinho dela desabou, sabe? Ela chorou compulsivamente, chorou tão magoada, foi de partir o coração... Engraçada foi a história que eu lembrei na hora. Quando ela tinha uns dois anos e a Nanna nove, a idade que ela tem agora, era Natal e a Nanna quis fazer uma carta. Bruno e eu observando a Nanna chamar a Juju para ajudar com a cartinha. Daí a Juju vira e fala na cara da Nanna: 
- isso não existe, são os nossos pais que compram. E a Nanna:
- Julia, para de falar besteira, sua maluquinha! Vamos fazer a carta senão ele não vai saber o que nos queremos de presente e blá blá blá.
     Para animá-la um pouco, combinei que na próxima festa nós vamos juntas "enganar" o Pedro. Ela até deu um sorrisinho mas a tristeza imperou por aqui hoje.
   

16 anos da Nanninha

     Feliz aniversário, minha gatona! Acho que esse ano será muito incrível! Que vc cresça muito, aprenda e viva muitas coisas novas mas mantenha essa sua essência única e tão especial!  Amiga, irmã super brincalhona, fofa, gentil, doce, preguiçosa, caseira, engraçada, chatonilda implicante, comilona, filhotona do meu ❤️! Te amo cada dia mais! Te amo demais! Happy birthday!!! 
     Que niver chique, hein? Na Inglaterra! Kkkkk. O melhor presente de aniversário foi ao final do dia receber a tão esperada carta com a sua vaga na escola que queríamos!!! Iupi! Que puta alívio e que felicidade!!! Yeah!


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Carro novo! #sqn

     A maratona de hoje foi correr atrás do nosso meio de transporte por aqui. Como a cidade é pequena, como não tem a menor chance da gente comprar um carro e andar de ônibus é caro, a melhor alternativa, mais saudável, divertida e barata é andar de bicicleta. Pesquisamos ontem o dia todo em um site chamado Gumtree, achamos várias bikes de segunda mão por um valor legal. Combinamos de visitar algumas hoje e ver qual era. Demos sorte logo de cara!
     A primeira pessoa que marcamos era um senhor que tem terras. Como aqui em Oxford é um entra e sai de estudantes, tem muita gente que vai embora e literalmente abandona a bike (entre outras coisas). Ele nos contou que acha várias bikes abandonadas nas terras dele. Que loucura! Daí ele pega, entrega na mão de um cara que troca tudo - freios, pneus e o que precisar, deixa elas prontas pra rodar - e depois vende.  O cara era super do bem! Nos explicou que nem ganha muita grana com isso mas que é contra os princípios dele deixar as coisas que podem ser recuperadas estragarem. Um barato! 
     Fomos ver uma e acabamos encontrando duas! O lance da confiança em estranhos aqui é outro nível! Os pneus estavam um pouco baixos e o nosso intuito era comprá-las e já voltar pra casa pedalando. O cara nos deixou na calçada da casa, com as bikes, sem receber um centavo, pegou o carro dele e foi comprar uma bomba de encher pneu! Ficamos uns vinte minutos esperando ele voltar, boquiabertos com a atitude dele. Poderíamos ter ido embora com elas tranquilamente. Insanidade imaginar isso na nossa cultura!  
     Agora, o que realmente foi insano, foi essa volta pra casa no pedal. Isso aqui é outro mundo! Percorremos uma distância bem razoável. Ninguém passou com o carro tirando um fino da gente. Ninguém nos desrespeitou ou forçou a passagem. Aliás, bike aqui tem preferência. Tem ciclovia na cidade toda, quero dizer, a ciclovia é uma linha no asfalto, nada demais. Não estávamos de capacete. O motorista do ônibus ficou paradinho esperando eu passar. Daí eu lembrei que o Brasil tem um dos melhores códigos de trânsito do mundo e eu não ando de bicicleta pela rua nem ferrando! E não é por medo de ser assaltada (não que ele não exista!). Aqui eu vi que a única coisa necessária, é educação.  
     A segunda parada insana foi essa tal mão inglesa. Poutaqueparelll! Bike anda na rua como se fosse carro. Suas mãos são as setas e vc vira, faz curvas e rótulas como se fosse um carro. Aff! Ainda bem que eu fui seguindo meu mozão pq eu sou muito retardadaaaaa! Vou levar uma surra pra me adaptar, já tô vendo! 

 A gente está em cima da calçada pq paramos para fotografar!

     De noite foi a vez de sair atrás da bike do Pedro. Foi uma luta! Pegamos dois ônibus para chegar até a casa do vendedor. Valeu a pena! A bike super bonitinha, do spiderman e novinhaaa! Pagamos 30 libras.  Esses britânicos são tão educados! Estava chovendo pra caramba e embora seja verão, cara, tá frio! Quando ele viu que fomos até lá de buzum, começou a se desculpar e dizer que não tinha se tocado que a gente não tinha carro e blábláblá! kkkkk Depois encaramos mais uma hora e meia pra voltar, cara feia do motorista pq não gostou nem um pouco que a gente entrou com aquela bicicleta no ônibus, chuva, vento mas valeu muito! Pedrão ficou mega felizão com o presente! Agora é pedal todo dia pra ir e voltar da escola! 

sábado, 12 de setembro de 2015

Nossa ida para Oxford!

     Chegamos, uhuuuuuuu! Me sinto tãooo feliz! Dito isso, vou contar a saga que foi chegar aqui!
     O dia começou com dor no estômago. O frio na barriga era tão forte que virou dor física! A verdade é que eu repeti pra mim mesma feito um mantra que era hoje que a gente vinha pq ainda não estava conseguindo acreditar! Um sonho muito grande estava se realizando! Me sinto orgulhosa do maridão e da nossa parceria em tudo que fazemos e conquistamos.
      Me despedi da minha irmazinha, meu afilhado e da Rebeca bem rapidinho, pra não chorar! Meu compadre Paulo junto com a Mari nos levaram à rodoviária para a primeira pernada. Quando eu ainda estava lá na casa deles, me dei conta de que, caraca, eu estava mega ferrada. Precisou de dois carros pra nós sairmos de um lugar pro outro, dois carros lotados! Levamos tanto tempo pra enfiar todas as bagagens dentro deles que era óbvio que ia ser trabalho demais para um pessoa só! Nessas horas eu levanto as mãos pro céu por criar meus filhos do jeito que crio! Não carrego a mochila de ninguém pra ir à escola, saio do mercado distribuindo sacola pra todo mundo, faço cada um fazer o que consegue em casa e com essas pequenas coisas, cada um deles sabe que tem a sua parte a fazer, sabe que tem que ajudar no que for possível. Hoje eles mostraram que seguram a barra mesmo quando não dá mais!
     Paulo e Mari nos deixaram na porta da rodoviária de São José dos Campos. Entulhei um daqueles carrinhos com as malas mais pesadas e sai correndo pra despachar. Voltei correndo, enchi mais dois carrinhos, dessa vez peguei um, Nanna outro e os pequenos levaram no braço e nas costas o que sobrou. Doze malas no total. Ulalá! Da rodoviária ao aeroporto de Guarulhos foi pouco mais de uma hora de viagem. Desembarcamos e foi ridículo. Cara, não tinha como carregar tudo, não dava! Era mala demais pra adulto de menos! Pensei em empilhar em quatro carrinhos mas o Pepê ainda é tão pequeno que não tem altura pra enxergar kkkkk! O jeito foi empilhar em três e colocar a Juju pra malhar! O Pedro tb empurrava junto, com ela guiando. Parei pra registrar o momento:



     O check in demorou pacas, queria ter comido algo com as crianças mas não deu tempo. Comprei as últimas libras por aquele precinho estratosférico e embarcamos. Aí que deu raiva. Muita! O avião teve algum problema e ficamos parados no aeroporto por três horas! Sem água, comida, ar condicionado... PQP, foi Phodaaaa. Não tem brincadeira, imaginação ou bom-humor suficiente pra enrolar as crianças tanto tempo nessa tortura. Já tinha passado da meia noite e os putos nem pra dar uma luz sobre o que ia acontecer. Mas no fim das contas, mesmo com zero explicação por parte da companhia, levantamos voo. Amém! Foi o bichinho voar pras crianças, mesmo morrendo de fome, capotarem. Não deu quinze minutos começaram a servir o jantar. Meu mau-humor estava nas alturas, literalmente. Daí, confesso, foi fofo. O comissário veio com aquele carrinho e pediu para eu abaixar as bandejinhas. Eu tipo: what? Eles três chapados, no décimo sono, vou abrir as bandejas pra quê?! Eu não tinha força, disposição, paciência, eu estava com fome mas tb estava dispensando a comida, cara, eu só queria dormir! Fora que meus filhos são uns malas pra comer quando estão acordados, imagina quando estão dormindo? Caso perdido! Daí ele abaixou todas as bandejas, inclusive a minha e começou a falar que a gente tinha que comer senão a gente ia morrer de fome, que era importante etc, me deu minha comida e se encarregou de acordar todo mundo. Até aí eu ainda estava querendo matá-lo, ele só estava me dando trabalho kkk! Daí ele ficou lá, ao nosso lado, dando comida pra Julia, ajudando o Pedro, foi super paciente e solícito. O cara me salvou! Ficou de babá! Foi super bom!


     Com o super atraso do voo para sair do Brasil, chegamos a Casablanca com pouca esperança de conseguir pegar a conexão. O cara do raio-x encrencou com a minha bagagem de mão e me fez abrí-la. Até aí, tranquilo, faz parte. Eu estava levando uma caixa de metal com um jogo que adoramos: dominó mexicano. São 91 peças. O cara não deixou a caixa cair no chão?! Voou peça pra tudo que foi lado, pataqueoparillllll! Na mesma hora a criançada começou a operação rastejo. Afinal, se perder uma peça, já era! Só que aquela parte do raio-x é lotada, né? Fica aquela confusão. Daí o cara que derrubou tudo ficou me tocando de lá, mandando eu andar. Como assim, meu amigo? Quem foi a anta que derrubou tudo? Ah, tá! Vai se ferrar! Já tô saindo, Kirido! Assim que eu achar tudo! Tem gente que é tão legal, né? Daí que aquela esperança de não perder a conexão se esvaiu. Ao acabarmos de catar tudo, pior, ao acreditar que acabamos de catar tudo (o que só descobri qd cheguei aqui e yes, catamos tudooo!), tinha certeza que a tinha perdido.
     Perdemos mesmo. Mas nem foi tãoo ruim, só duas horas de espera. O que foi phoda nisso tudo foi estar incomunicável. Estava previsto de chegarmos ao Heatrow às 17 horas. Pelo andar da carruagem, eu só chegaria lá às 20:30 com a certeza de ficar mais de uma hora na imigração. Já estava começando a sofrer só de imaginar o nervoso que o Bruno ficaria de chegar lá e mofar sem nenhuma notícia minha. Mas não tinha o que fazer. Pousamos no Heatrow no horário previsto. A fila da imigração era algo inacreditável. Se eu não fosse adulta, eu tinha chorado! Já estávamos viajando há 24 horas e tínhamos uma fila quilométrica pela frente, em pé! Eu nem sabia onde terminava a fila... Aff, foi horrível! Passado mais de uma hora naquela tortura, veio um cara e perguntou se eu era brasileira e se os três eram meus filhos. Eu respondi que sim e então ele me tirou de lá (eu estava mais ou menos no meio da fila) e me colocou na fila de quem tem prioridade. Oremos! Em dez minutos, passamos pela imigração. 
     Ver meu fofinho foi emocionante. Finalmente, estávamos todos juntos novamente e aqui, na Inglaterra! Ele me recebeu com uma puta cara de alívio e um buquê de flores -  que depois deu um trabalhão pra carregar pq não tinha nenhuma mão sobrando para carregá-lo! Ele foi todo amassado dentro de uma mochila! kkk. Daí ele me contou que passou as últimas horas tentando obter notícias nossas junto a cia, que não forneceu nenhuma, e junto à imigração. Ele ligou tantas vezes que acreditamos que o cara foi me resgatar na fila pq ficou com pena dele. Oremos de novo! kkkkk Valeu, mozão!


     Eu bem queria que tivesse acabado pq, juro, não aguentava mais, não. Eu era o bagaço do bagaço. Mas ainda faltava um monte... Pegamos um metrô dentro do aeroporto até a estação de ônibus. Depois um ônibus executivo até Oxford. Depois outro ônibus de rua até a nossa nova casa. 



     Só que cada pernadinha dessa, não tinha mais aqueles carrinhos de aeroporto para ajudar. Era tudo na mão! Pourrannn! Dividimos as malas por peso, colocamos as mochilas nas costas e cada um pegou duas de acordo com o seu tamanho, Bruno as mais pesadas até Pedro, as mais leves. Quando desembarcamos do último transporte, o ônibus de rua, até a nossa casa eram quatro quarteirões a pé. Pra melhorar, estava fazendo 8 graus. Foi de chorar! Acho que nunca me senti tão exaurida na vida. Bravus race que nada, essa vinda pra cá, re-redefiniu meus limites huahauhau! As crianças se mostraram super guerreiras, foi de dar orgulho dos meus mini-bravus! Todo mundo estava carregando malas e todo mundo sabia que não tinha como receber ajuda, cada um tinha a sua parte a fazer. Daí a Juju, em meio à gargalhadas de dor falou: nossa! Meus bracinhos estão queimando tanto que parece até que vão cair!!! Mas por incrível que pareça, apesar de todo cansaço e até dor, estava todo mundo feliz pra caramba! Entrar na nossa casa nova foi incrível! Todo mundo curioso! Animado! Mesmo exaustos, lanchamos e abrimos um vinhozinho pra celebrar! Muito bom finalmente estarmos aqui! Papai do céu nos abençoe nessa nova vida! U-hu!


  

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ida do Bruno

     Finalmente, chegou o primeiro grande dia! É hoje que o meu fofinho embarca para Oxford. Queria ter tomado um café da manhã em alguma padaria gostosa, ter olhado um pouco para ele e conversado mas o que tinha para hoje era passar no cartório para fazer uma procuração e deixá-lo na rodoviária. 
     Sem noção de como eu achei muito chato ele ter que ir na frente. Não foi o que eu idealizei mas não teve jeito. A passagem dele foi comprada pelo programa e não conseguimos no mesmo voo. Daí ele foi hoje e nós vamos na sexta. Ai, Deus, vou sozinha na sexta com os três! Aff. Faz parte. Se bem que não faz, não! Ah, deixa pra lá... Foca no lado positivo e põe o marido pra resolver milhares de coisas antes da gente chegar!
     Conseguir ter essa experiência de ir morar fora foi algo tão suado de conseguir, e mesmo conseguindo, perdemos e depois ralamos de novo e conseguimos de novo, que eu acho que sempre fiquei com um pé atrás, sempre preparada para levar rasteira a qualquer momento. Acho que enfiei na cabeça que só acreditaria que a gente conseguiria de verdade quando eu estivesse com os meus pés lá, em algum outro país. E então, depois de estar sempre tão pronta pra levar rasteira, acabei não me preparando para de fato viver esse dia. O dia de partir! A minha ficha só caiu hoje. Eu estava saindo do cartório para deixar o Bruno na rodoviária quando deu um puta nó na minha garganta, acho que a minha pressão caiu e juro que achei que eu fosse desmaiar. Me deu um nervoso muito louco! As lágrimas começaram a brotar nos meus olhos e toda a lógica dele estar indo na frente foi pelos ares e eu só queria que a gente vivesse isso junto! Deixá-lo ir na frente foi tão difícil! Daí que assim que chegamos à rodoviária eu desandei a chorar sem parar, bem louca mesmo e a porcaria do choro não parava de jeito nenhum. As lágrimas nasciam sozinhas. Ele foi embora, eu chorando. Fui para o carro, chorando. Comecei a dirigir, chorando. Daí não estava conseguindo dirigir direito por causa do choro, encostei. Nisso veio um guarda mandar eu sair pq não podia parar ali. Chegou para mim e falou todo grosso:
- Vamos tirando esse carro daí que aqui não pode!
Então viu meu estado deplorável e continuou:
- Não podia. Pode até a senhora se recompor, tem problema não!
     Vergonha me define. Mentira. Gargalhadas me definem. Lelé é meu apelido perfeito. Obrigada, senhor policial!