Hj aconteceu algo que me fez pensar na minha irmã. Me vi numa situação quase idêntica a outra que aconteceu anos atrás e embora a minha situação tenha sido deveras mais branda, tive reação tão diferente...
Sou a mais velha de 3 irmãos, Rapha é a caçula. Filho mais velho geralmente carrega a responsabilidade de "abrir os caminhos". Acaba sendo o mais cobrado enquanto o caçula, não importa a idade, é sempre o bebê da mamãe. A Rapha sempresempresempre foi o bebê da mamãe. Pudera, como ela era fofa! Aqueles olhos verdes de gatinho de botas, toda gordinha, o cabelo liiiiiiiiso, as bochechas rosadas - repararam que eu descrevo a Juju igualzinho?
Vamos a situação... Na casa da mamãe tinha uma mesa de centro em que o tampo era feito como um mosaico de troncos de madeira, cobertos e unidos por um tipo de resina. Mamãe adorava essa mesa. Toda hora falava pra não apoiar nada nela que pudesse comprometer aquele belo mosaico. Eis que um dia estamos mamãe e eu vendo televisão deitadas na cama qd a Rapha entra no quarto chorando aos soluços. Dona Isaura salta em direção ao bebezão e pergunta repetidas vezes "o que foi?!". Rapha mal conseguia falar. Tivemos que lhe dar um tempo. Qd conseguiu tomar um pouco de ar, entre um buá e outro ela falou:
- Ai, mãe, derrubei acetona na sua mesa!
- Filhinha, calma! Respira! Não precisa chorar desse jeito só por causa disso.
Uatáfoqui?! "Não precisa chorar SÓ por causa disso?" Só pq ela derrubou uma acetoninha que lambeu toda a resina da mesa? Ca-ra-ca, se EU tivesse feito uma mongolice dessas ela teria arrancado fora a minha cabeça! Era muito mais provável que eu fugisse de casa do que olhasse na cara da mamãe e falasse que destruí a mesa dela. Mas enfim, nada, absolutamente nada aconteceu com a gatinha de botas exceto ganhar colinho - "ai, como vc é fofa!". Que ódio. kkk.
Hj a Juju fez um passeio com a turma da escola. Eles visitaram um sítio e fizeram atividades o dia inteiro. Ela trouxe várias lembranças de lá, entre elas um vaso com uma muda de manjericão. Quando fomos entrar no carro eu quis dar o vaso pra Nanna segurar mas a Juju não quis entregá-lo. Tentei colocá-lo no chão mas ela queria porque queria ficar segurando o vaso.
- Tá bom, Julia, então vc leva mas segura isso aí direito pra não cair, ouviu? Ouviu bem , mocinha?
- Ai, manhê, já ouvi!
Engato a ré pra sair da vaga e no que eu vou pra frente:
- Buaaaaaaaaaaaaaaaá! Buaaaaaaaaaaaaaaaá!
PQP, não é que a tonta deixou o vaso cair no chão do carro? Aquele barro - pq aqui em Brasília não tem terra, acho que aqui só tem barro - aquele barro nojento e molhado pq ela devia ter acabado de afogar a planta, aff que nojoooo! Daí parei, olhei pra minha gatinha de botas aos soluços, lembrei dessa história da Rapha, segurei a vontade de rir e dei-lhe a maior bronca! Será que foi pq a Juju é a filha do meio? Naaaummmm...
Rir, chorar, fugir ou matar?
Rir, chorar, fugir ou matar?
Bem, eu teria feito como minha sogrinha e dado um carinho na fofinha do papai. Beijo filha!
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